quarta-feira, 2 de março de 2011

Trailer - Documentário 2x1

domingo, 28 de novembro de 2010

13 anos e meio

O post de hoje, já deixarei claro, não saiu da cabeça e sim do coração.
Há 13 anos e meio atrás, eu uma menina de 10 anos falava em voz alta qual o meu desejo para o futuro. Ser jornalista.

De lá pra cá, eu deixei de ser anti-social, aprendi outras linguas, passei pelo colégio, descobri diversas coisas na minha vida, fui madrinha aos 16 anos, tia aos 19 e em 2005 - último ano do colégio dei um passo concreto para a realização de um desejo que eu mantinha até então há 9 anos - ingressei no cursinho e fiz minhas inscrições para o vestibular.

Durante aqueles 6 meses de 2005 eu encontrei pessoas que mudariam minha vida. acho justo e necessário cita-lás aqui, Maíra Ornelas, hoje publicitário, linda, inteligente e companheira, Luiz Felipe Fogaça, um irmão, daqueles bem pentelhos mas que eu amo, Daniel Garcia, Déborah Bossan e Marilia Leonaldo, sempre carinhosos. Reencontrei uma pessoa que passe o tempo que for nunca sairá da minha vida - a amiga de infância, que dividiu sonhos, cataporas e segredos - Susan Hipolito que em breve passará a dividir mais um título comigo.

Naqueles dias de sol, cervejas na padoca e aulas intermináveis eu conheci mais uma pessoa, aliás A pessoa que seria a minha melhor amiga/irmã/companheira/confidente/cumplice e parceira em todos os momentos dali pra frente. A Nani foi muito mais do que a pessoa que me ensinou a amar micaretas, que me ensinou a ser mais livre, ela seria a pessoa que me falaria as coisas mais duras e mais doces. Uma amiga que me trouxe um número enorme de novos grandes amigos e momentos de felicidadem de choro, de tristeza e de saudade.


Nos últimos 5 anos, milhares de coisas aconteceram e me fizeram pensar no sentido da vida, das escolhas e das lutas que trabamos diariamente.

2010, foi um ano de sacrificio, de mudanças, de decisões e de felicidade. O nervosismo, o medo que eu demonstrei nos últimos 11 meses são a expressão do carinho, dedicação, esforço e amor empregados a este documentário, que é a minha vida. É a expressão das minhas escolhas e do que eu verdadeiramente sou.

A Dayse, que aqui escreve e que esteve ausente deste espaço durante muito mais tempo do que gostaria, é extramente metódica, vaidosa, interessada, flexivel, alegre, gosta de viver intensamente cada momento, chorona, amiga e fiél aqueles que me mantém perto do coração. Amo sem limites os meus amigos, a minha familia, às minhas escolhas e a minha profissão.

E hoje, eu digo com a certeza de que cumpri com honra e méritos as etapas que eram necessárias para a realização deste desejo. Eu sei que nasci jornalista, mas hoje eu tenho certeza de que mais que talento eu tenho a técnica e os conceitos necessário para o bom exercicio da minha profissão.

Foram 13 anos e meio, existiram dificuldades, perdas e distanciamentos que abalaram as minhas estruturas, mas o choro do agradecimento mostra que com força e vontade, cheguei ao que é na verdade um novo começo. Como o meu símbolo favorito - o triskle - a vida dará muitas voltas e muitas surpresas.

Jornalista em 26/11/2010

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O Poder Jovem

É mais do que conhecida a frase "O jovem é o futuro da nação", mas esta citação não é muito respeitada.

Durante décadas, o jovem tem sido tratado como agente passivo na sociedade moderna e a partir do comportamento dos políticos e dos cidadãos que menosprezam a capacidade de luta e decisão do jovem, esta é uma "classe" condicionada ao erro.

Com pouco incentivo ao estudo dos grandes filósofos que ainda na Grécia Antiga refletiam sobre a sociedade e a política nela aplicada, nem mesmo quem faz parte das classes mais privilegiadas pode ser considerado um ser politizado, quanto mais quem vem de classes com problemas sociais de diferentes origens.

E mais do que, a confusão criada em que política é mostrada como o ato desonesto. O ato desonesto é praticado por aqueles que fazem o mau uso da máquina do estado que deve servir a população e não a interesses pessoais.

Como educar politicamente jovens descrentes para que o futuro seja melhor do que o presente? Por que é agora que faremos o amanhã e em ano de eleição a discussão tem que ser reforçada. Pois só a partir do debate público poderemos melhorar a comunicação e o entendimento do que pe verdadeiramente política.

Acredito que a discussão sobre ensino de política no ensino médio se torna dispensável partindo do principio que todo o ensino público server áqueles que doutrinam a juventude desprovida de conhecimento a continuar cega e descrente. E sem entender a verdade sobre política.

Uma ação da natureza humana, e tão bela apesar da deturpação dos homens que se dizem "políticos".

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O que esperar da internet?

Qual o limite da nossa dependência da internet? E mais, qual o limite do dominio da internet sobre nossas vidas?

Há duas semanas voltando da viagem de fim de ano, enfrentando o congestionamento da Regis Bittencourt minhas amigas comentaram, que estavam enlouquecendo sem acesso aos seus orkut´s e e-mails. Elas estavam sem internet há uma semana e meia, esse é realmente um tempo grande demais para ficar longe da avalanche de informações e contatos?

O acesso a rede de contatos tornou-se parte da rotina das pessoas, na minha por exemplo; minhas primeiras ações ao chegar na empresa além de checar meu e-mail coorporativo é dar Bom dia ao Twiiter, mas quem é ele mesmo? Meu bom dia é visto por 77 pessoas, amigos, conhecidos, contatos de trabalho e ás vezes alguns fakes pornográficos que eu me esqueço de bloquear. Mas qual a importância do meu bom dia diário pra esses perfís? Por que não consigo mais me desligar desse hábito ao qual fui condicionada?
Há alguns anos, com a evolução e a democratização da internet nós adquirimos cada vez mais hábitos que tomamos como indispensáveis, porém há alguns anos atrás não faziam a menor diferença em nossas vidas. Existe volta para uma vida mais real, onde as pessoas conseguem manter contatos pessoais e ter diálogos além do clichê "Oi, Tudo bem? Novidades", no msn?
É um paradoxo um texto refletindo sobre o vício da vida online, publicado em um espaço virtual e lido por pessoas que jamais saberei quem são, ou que saberão quem eu sou.

sábado, 21 de novembro de 2009

"Leões e Cordeiros"


Política, ideais, coragem esses são os elementos dessa história. Uma jornalista, um senador e um professor que tenta mudar as atitudes de alunos com grande potencial e talvez uma visão errada de como aplicar seus talentos. Essa poderia ser uma forma rasa de relatar este filme, mas uma obra tão complexa que aborda assuntos tão intensos como os questionamentos da humanidade, não há como passar ileso por estes relatos.

O começo, uma visita da jornalista Janine Roth ao Senador Irving, para o que seria uma entrevista exclusiva, na visão de muitos jornalistas isso seria um presente, mas o que Janine descobre é que encontro seria na verdade com sua consciência, e com todos os seus ideais. Como é possível escrever sobre o que não se acredita, questionamento que demonstra um confronto entre um dever da vida moderna com princípios pessoais. Até que ponto é aceitável ultrapassar sua essência por deveres “mundanos”?


Mentiras e propaganda política é o que a jornalista acredita que Irving esteja fazendo, e ela seria sua principal arma para isso. O Senador fala sobre um novo plano de ataque ao Afeganistão, e como pano de fundo aparece á história de Arian e Finch, dois alunos que durante um trabalho da faculdade decidem fazer mais pelo país, e alistam-se voluntariamente ao exército americano. Ao mesmo tempo em que Janine entrevista Irving, O Professor Malley conta a história de Arian e Finch. Momentos que parecem desconexos demonstram a intensividade do filme em colocar na mesa conceitos, agir da forma que se acredita ou pura e simplesmente para cumprir convenções sociais.


Ser ético, trabalhar de acordo com o que é justo e ser fiel aos seus princípios, esse é o tema de “Leões e Cordeiros”, e desperta o olhar de uma sociedade engessada e desinteressada pelo rumo e pelas consequências de suas atitudes.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Entrevista: Hamilton Octavio de Souza

Chegou a segunda-feira, e depois de um fim de semana de muito trabalho, tenho 95% da matéria sobre Ensino de Jornalismo no Brasil concluída. Um tema importante e muiito gosto de trabalhar, agora estou na torcida para que alguma pauta caia na revisa e eu conquiste mais duas páginas. Porque no plano inicial minha pauta tem o espaço de tres páginas reservadas, contando textos, fotografias e o nosso infográfico. Mas a riqueza das informações obtidas nos deram a oportunidade de mostrar um panorama dos cursos de jornalismo no Brasil.

Desde já agradeço a disponibilidade de todos os entrevistados, que getilmente nos receberam ou se dispuseram a responder por outros meios aos nossos questionamentos.

A edição da revista deverá ficar pronta até o fim de novembro e então poderei publicar aqui no blog, mas enquanto isso não ocorre deixo na integra entrevista realizada com Hamilton Octavio de Souza, editor da revista Caros Amigos, articulista do jornal Brasil de Fato e Professor da PUC-SP.

1) Em que melhorou o ensino de jornalismo nesses dez anos? A que se deve essa melhora?

Resposta: Ensino do quê? Nível fundamental, médio ou superior? Superior em que área? No Jornalismo? Se é no Jornalismo, não acho que tenha melhorado. Na verdade as escolas estão cada vez mais burocráticas e menos comprometidas com a produção do conhecimento relacionado com a realidade brasileira. Falta pesquisa, falta pensamento crítico, falta liberdade de cátedra. O ensino superior brasileiro está em crise porque está cada vez mais distante das demandas do povo. Os professores estão acomodados e os alunos desinteressados.

2) As universidades brasileiras estão preparadas para ensinar jornalismo e formar um profissional com bom nível de conhecimento?

Resposta: Existem mais de 400 cursos de Jornalismo no Brasil. A maioria pratica estelionato e picaretagem de alto nível. Muitas não têm professores capacitados, outras não dispõem de equipamentos, a maioria não aceita a liberdade de estudantes e professores no desenvolvimento de trabalhos para a boa formação. Existe uma brutal censura nos programas dos cursos, nas bibliografias, nas aulas e nas atividades complementares.

3) As disciplinas da grade currícular são capazes de atender as exigências do mercado?

Resposta: As grades variam de escola para escola. É sempre possível montar uma boa grade, equilibrada entre disciplinas teóricas (de formação humanística) e disciplinas técnicas (de formação profissional). O importante não é atender a exigência do mercado, essa não é a função da Universidade; o que cada curso precisa fazer é formar para o campo jornalístico, tanto acadêmico quanto profissional. O aproveitamento do formado no mercado é decorrência de uma boa formação superior, e não de seu preparo específico para o mercado.

4) O bacharel em jornalismo está preparado para exercer a profissão com competência?

Resposta: Espera-se que bacharel em Jornalismo saiba o que é jornalismo, qual o papel do jornalismo na sociedade brasileira, quais são as atividades próprias do jornalismo e como realizar um trabalho jornalístico. Espera-se que o formado em Jornalismo seja capaz de entender e refletir sobre a realidade, e atuar como jornalista com total autonomia de pensamento.

5) Como você avalia a preparação do estudante de jornalismo que ingressa no mercado de trabalho?

Resposta: Existem vários mercados de trabalho. Ingressar nesses mercados é fácil, mas o mais importante é realizar um trabalho comprometido com as transformações sociais, com a construção de um país mais justo e igualitário. Isso depende muito do local de trabalho, do compromisso social de cada veículo, do espaço de liberdade existente em cada redação. Muitos jornalistas são violentados em suas crenças pessoais e políticas por imposição das empresas e dos patrões. Muitas empresas jornalísticas forçam os jornalistas a fazer o que contraria o código de ética da profissão. Enfim, é difícil encontrar um local de trabalho onde se possa exercer o jornalismo com dignidade e coerência.

6) Existe demanda no mercado jornalistico para a atual oferta de profissionais?

Resposta: O desemprego é grande em todas as áreas profissionais. Os jovens são os mais prejudicados nesse quadro de crise do capitalismo. A existência de desemprego alto faz com que o mercado explore os jornalistas (trabalhadores) e rebaixe os seus salários. Interessa para as empresa que exista um número grande de desempregados, pois a oferta da mão de obra maior que a demanda das empresas, favorece a redução de custo na produção das empresas jornalísticas. Não basta o mercado absorver a mão de obra, é preciso que os trabalhadores (jornalistas) consigam bons salários (ou salários justos).

7) Na revista Caros Amigos vocês têm estagiários? Quantos são?

Resposta: Agora não temos mais estagiários. Temos alguns jornalistas profissionais com maior experiência e alguns estudantes de jornalismo com menor experiência profissional. Todos são contratados como jornalistas.

8) Se sim, qual o nível de conhecimento dos estudantes que trabalham com você.

Resposta: Temos apenas uma estudante de jornalismo trabalhando na Caros. Ela tem o mesmo salário dos outros dois novos profissionais, que se formaram o ano passado. Os demais são profissionais com mais anos de experiência.

9) As últimas notícias impactantes no universo jornalístico que dizem respeito à derrubada da Lei de Imprensa e à queda da obrigatoriedade do diploma. Como fica o ensino do jornalismo atualmente, frente às incertezas que o cercam?

Resposta: O povo brasileiro precisa de uma lei de imprensa democrática, que proteja o cidadão contra os abusos das empresas de comunicação. Uma boa lei de imprensa garantiria de forma rápida e eficiente o direito de resposta - que hoje não é respeitado por nenhum veículo. Os crimes de imprensa precisam ser regulados.

Sobre o fim da exigência do diploma para o registro profissional, espera-se que o congresso nacional faça uma nova lei para regulamentar a questão. A categoria dos jornalistas continua existindo, já existia há 400 anos, no Brasil tem 200 anos, conseguiu conquistas importantes antes da exigência do diploma (como a jornada de cinco horas e o piso profissional), e vai continuar existindo.
Os bons cursos de jornalismo vão sobreviver muito bem, porque as pessoas querem uma formação superior - em muitas áreas, mesmo quando as profissões não exigem isso para o exercício. Então, o fim do diploma interfere pouco na vida da categoria e dos cursos. O que importa é a mobilização e a luta da categoria.

10) Em se tratando não do curso, mas do meio jornalístico, quais foram os avanços nos últimos dez anos? Como o ensino da profissão tem seguido as inovações?

Resposta: Já disse lá no começo que a maioria dos cursos é ruim, não contribui para a formação de jornalistas comprometidos com as transformações da sociedade brasileira.

11) Qual o tamanho do déficit no ensino de Jornalismo no Brasil, a ponto de o STF não julgar necessário a exigência do diploma? Se existem culpados, quem são?

Resposta: O STF está a serviço das empresas de comunicação, faz o jogo do patronato e do capital. Derrubou a exigência do diploma porque interessa para as empresas definr quem pode trabalhar como jornalista ou não. Isso deveria ser função do Estado, já que o jornalismo é um serviço público e interessa para o conjunto da sociedade. O STF deu um presentão aos patrões das empresas de comunicação, pois assim eles podem empregar quem eles quiserem e pagarem o preço que bem entenderem. É a exploração da exploração. Voltamos ao século 17.

12) Antigamente as pessoas eram jornalistas por vocação, e hoje é pura técnica?

Resposta: As pessoas eram jornalistas porque trabalhavam com o jornalismo. Exerciam a profissão. A formação superior apenas adicionou a exigência de um pré-requisito: o diploma de curso de Jornalismo. Isso acontece em muitos países, e é uma garantia a mais de que as pessoas que trabalham nessa atividade pública passem por algum tipo de exigência e compromisso. É uma garantia para a sociedade.

13) Na sua opinião, que Instituição oferece o melhor curso de jornalismo no Brasil hoje?

Resposta: Existem vários cursos de boa qualidade, nos quais alunos e professores fazem uma boa reflexão sobre a profissão, dominam as técnicas necessárias para o desempenho profissional, assumem compromissos políticos e éticos com o desenvolvimento de uma atividade voltada para o conjunto da sociedade, especialmente para construir um mundo melhor.

Hamilton Octavio de Souza.
Jornalista, editor da Caros Amigos e articulista do jornal Brasil de Fato, e professor da PUC-SP.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Do que é feito um cronista?

Sempre tive problemas com crônicas, talvez porque as considere livres demais para um jornalista. Acredito que elas sejam mais pertinentes a escritores, romancistas, e não digo isso de forma negativa, tenho profunda admiração por esses que transformam palavras em sonhos, em crenças, em histórias que tem o poder de encantar seus leitores.

Mas de repente, me vejo na situação que sempre evitei, sentar-me para escrever uma crônica. A partir daí surgem ás dúvidas. Qual assunto abordar? Qual estilo imprimir no meu texto? Tudo isso ao meu ver me parece complicado demais, e tento me lembrar das palavras da Mestre em sala de aula dizendo, que todo jornalista é jornalista por que é um cronista. Então me vi despida dos preconceitos que aplicava a este tipo de texto, lembrando-me do meu inicio – quando buscava escrever sobre diversos assuntos, mesmo sem técnica, mesmo sem estilo ou conhecimento profundo de qual a maneira certa para escrever uma reportagem, uma matéria ou uma nota que fosse.

Refletindo sobre isso, percebo como evitamos coisas, pessoas, situações por puro pré-conceito. Qual o tamanho da nossa ignorância frente o desconhecido – talvez por puro medo de errar, de não conseguir transpor o novo desafio que se coloca diante de nós. E quantas oportunidades são perdidas por isso.

Arrisco-me então nestas linhas, buscando os primórdios dos meus textos juvenis, com as características rústicas da minha falta de conhecimento, mas muito mais livres do que hoje. Sinto-me engessada por uma lista de regras e conceitos que aprendi nos anos de estudos, do que é certo ou errado. De como ousar é difícil e perigoso, há quantos mais essas regras engessam talentos, reduzem raciocínios e diminuem a produção de grandes obras – sejam elas quais forem?

Buscando a simples resposta, do que é feito um cronista? Cheguei a uma conclusão, que pode não ser há mais exata, porém é a que me libertou a escrever estas linhas. Um cronista é feito de paixão, a paixão eleva o pensamento, aprimora teus sentidos e transforma tudo ao seu redor. Um cronista para ser cronista deve ser, estar ou ficar apaixonado pelo objeto de trabalho, o assunto do seu texto. Afinal é o que verdadeiramente o transformará em uma boa crônica.